sábado, 30 de abril de 2011

O casamento é uma instituição de direito entre um homem e uma mulher


Casamento entre homem e mulher Caro amigo(a) deste blog!
A maior parte dos brasileiros não está suficientemente a par do Projeto de Lei 122/06, que define os crimes resultantes de discriminação de raça, cor, identidade sexual etc. Alguns simplificam demais e outros se apavoram demais. Para tentar corrigir essa desinformação, um artigo da Revista Ultimato tratou deste assunto com um doutor em direito privado. Guilherme Nacif de Faria, 48 anos, casado, dois filhos, é professor de direito civil na Universidade Federal de Viçosa.

Gostaria de colocar aqui esta entrevista (com autorização da revista), pois além de esclarecedora nos ajuda na contrução de uma sociedade mais democrática, humana e menos “satanizada”.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil divulgou um documento que diz: “Embora respeitando profundamente as pessoas em questão, [a Igreja] não pode admitir ao seminário e às ordens sacras aqueles que praticam homossexualidade, apresentam tendências homossexuais profundamente radicadas ou apoiam a chamada cultura gay”. A igreja pode tomar tal medida?
É uma resposta difícil. A Igreja Católica é uma instituição privada...
...e tem o direito de aceitar ou rejeitar quem achar melhor para as suas ordens, desde que não se trate de mera discriminação. É lícito que ela recuse, por exemplo, que uma mulher seja ordenada padre e que reze missas. Se alguém não concorda, que procure uma igreja mais de acordo com suas convicções. Isso pode ser aplicado também aos homoafetivos. Não se trataria de uma discriminação, pois toda igreja tem o direito de manter suas práticas e ideias e recusar quem professa ideias e comportamentos diversos daqueles que ela apregoa. Seria um contrassenso se não fosse dessa forma. É diferente de se recusar uma pessoa negra ou alguém com necessidades físicas especiais. Não estou concordando com a medida -- apenas reconheço o direito de a Igreja Católica exercê-la.

Uma instituição privada e confessional, comprometida com os valores morais do seu credo, pode não contratar ou dispensar funcionários homossexuais?
A base dessa resposta é a mesma da anterior. Se uma instituição é privada e atende a comunidade confessional, considero e defendo a licitude do ato. Outro exemplo: se um colégio é confessional e obriga os alunos a assistirem à aula da religião praticada, é também lícito. Se não quero que meu filho assista àquelas aulas, devo mudá-lo para um colégio público, não obrigar o colégio a ensinar todas as religiões. Essa é a postura adotada pelo direito norte-americano. No Brasil, ela não é muito aceita. Há uma confusão entre instituições particulares e instituições públicas e, muitas vezes, as particulares são obrigadas a se comportar como se fossem públicas -- o que não é correto. No entanto, no caso de um hospital credenciado para atendimento ao público -- pelo SUS, por exemplo --, a situação muda. Ele passa a ser um prestador de serviços públicos e deve se comportar como instituição pública.

Os líderes religiosos têm liberdade de falar e escrever sobre a questão gay do ponto de vista bíblico?
Devemos ter sempre em mente que podemos julgar as pessoas pelo que elas fazem, julgar seus atos, mas não podemos julgá-las pelo que são. Isso seria discriminatório e inaceitável. Os líderes religiosos têm plena liberdade de se manifestar livremente sobre a questão, da mesma forma que a filosofia, a ética, a psicanálise e outras áreas do conhecimento. O importante é que essa manifestação seja argumentativa, não discriminatória. O que não é possível é uma incitação à discriminação, à segregação ou à violência. Porém, a linha divisória é tênue e alguns abusos podem ser cometidos, tanto do lado de quem argumenta, quanto do lado de quem se sente discriminado. Não se pode impedir uma discussão baseada em argumentos por força de lei. Se assim fosse, o sol continuaria girando em torno da terra, tal como impôs Urbano VIII a Galileu.

Segundo o Conselho Federal de Psicologia, a ajuda oferecida por um psicólogo a um paciente com problemas de identidade sexual não pode envolver a questão moral ou religiosa. Os ministros e conselheiros religiosos e os capelães que exercem seu ministério em hospitais, escolas, irmandades e quartéis estão livres para tratar a questão mais amplamente?
A indicação do CFP está correta. Não se pode admitir que convicções morais -- que são minhas ou do meu grupo social -- interfiram com a ciência da psicologia. A deontologia -- o estudo dos deveres -- dos profissionais de saúde se baseia na ética e no direito, que são (ou pretendem ser) universais, e não na moral, que é pessoal. Da mesma forma, um juiz decide um caso conforme as questões jurídicas envolvidas, nunca conforme a moral própria, que é dele, particular. Já o contrário é verdade para os profissionais religiosos. A deontologia destes trabalha com as questões morais próprias de cada grupo, e não com a ética universal necessária às ciências. Esses religiosos são, justamente, os guardiões da moral do grupo que representam e lideram e, se procurados, devem atuar no sentido de resguardar essa moral e aplicá-la conforme lhes convier. Se uma pessoa procura ajuda religiosa para suas questões sexuais, pressupomos que, sendo autônoma, ela está de acordo com a visão que aquela religião tem sobre o assunto e a ninguém cabe interferir nessa liberdade.

A lei me obriga a reconhecer a diversidade sexual como lícita, aceita e protegida?
A diversidade sexual é lícita, ou seja, ela é legal, é jurídica. Cada pessoa vive conforme uma visão de mundo própria e a ninguém cabe recriminá-la por isso. Os princípios da República, escritos no artigo 1º da Constituição, garantem essa condição, já que protegem a dignidade da pessoa e o livre desenvolvimento de cada uma. Ela é protegida conforme as leis brasileiras vão, aos poucos, regulamentando as situações criadas pela homoafetividade, mas ainda não impede de forma eficaz a discriminação. A aceitação já é mais difícil. Não se trata de força da lei. O respeito pela condição do outro, a consideração de que o outro é um igual e deve ser considerado na sua diversidade, seja ele negro, asiático, judeu ou homoafetivo, é algo que eu aprendo na escola e se torna inerente a minha pessoa. Se isso não ocorre, a lei deve impor a tolerância para o apaziguamento social. Essa consideração do outro pode não ser inerente a mim (respeito), mas tenho que me comportar como se fosse (tolerância), porque uma ação discriminatória pode ser considerada um ato ilícito civil ou penal.
Gostar ou não de uma pessoa é questão de foro íntimo (respeito), mas devemos ter em mente a tolerância, que é dever jurídico, é obrigatória por lei. Não fosse assim, a África do Sul, exemplo mundial de apaziguamento social, não teria derrubado o “apartheid”.

O exército brasileiro pode vedar a prática homossexual entre os militares?
Esse é um tema mais afeito à ciência militar do que ao direito, e sob aquele ângulo deve ser respondido. A princípio pode -- desde que tenha argumentos que não sejam discriminatórios. Acredito que não se duvide que um soldado homossexual pode ser tão bom soldado quanto um heterosssexual. Assim, a questão fica restrita a outras circunstâncias, como, por exemplo, a situação de confinamento, comum na vida militar, na qual todos estão impedidos de ter relações sexuais. Se um casal homossexual se forma, ele consegue burlar essa restrição a despeito dos outros. Isso pode levar a uma situação crítica para a disciplina da tropa. Outra questão é a da aceitação social. Um militar de patente ou um diplomata não podem temer ter sua vida sexual exposta. Ambos seriam alvo fácil de chantagem. Sob esse aspecto, é preferível que a homossexualidade seja assumida, tornada pública.

Os dicionários afirmavam que o casamento era “o relacionamento que une um homem e uma mulher”. Como ele é definido agora?
O casamento é e deverá continuar sendo uma instituição jurídica entre um homem e uma mulher. É um erro querer mudar isso. Não há que se falar em casamento homoafetivo, senão para uso de analogia. O que os homoafetivos querem é poder ter sua vida ordenada, formar um núcleo de afetividade -- que é como o direito entende a família hoje -- e ter direitos e deveres como qualquer pessoa. Para isso, tenho defendido que é melhor criar outro instituto jurídico, como o direito francês criou o pacto civil de solidariedade. É uma lei que institui uma união civil entre pessoas e na qual o sexo não é um ponto essencial. O importante é a vida em comum, a estabilidade e o reconhecimento dos efeitos jurídicos de tal união.

A lei da homofobia existe?
Sim. É o projeto de Lei PLC 122/06 e ainda está em votação do Congresso. Promove alterações na Lei 7716/89, que define os crimes resultantes da discriminação de raça e cor, e outras leis. A intenção é justa, mas tem sofrido muitas críticas. O projeto não foi bem pensado e é mal elaborado, além de permitir interpretações extensivas demais e muito além do razoável, o que não é bom. Um exemplo: o artigo 8º do PLC manda alterar o artigo 20 da Lei 7.716/89, que diz que pratica, induz ou incita a discriminação quem (e acrescenta o §5º) pratica qualquer ação constrangedora, intimidatória ou vexatória, de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica. A pena é de reclusão (regime fechado) de até três anos. Voltamos a Urbano VIII.

Eu estou farto


Acabei de ler uma asquerosa crítica à Senadora Marina Silva. Faltam dados, falta seriedade, falta responsabilidade!

A crítica foi publicada num site que se propõe ser arauto de mídia séria! Mas, de fato, é porta-voz do que era chamado, no tempo em que as ideologias estavam na pauta, de extrema direita.

Parece que ainda há quem tenha saudade do tempo em que se torturava a quem quisesse, quando quisesse.

Gente para quem a palavra democracia não significa nada.

Recentemente, um artigo publicado nessa mídia me citou, acusando-me de esquerdista, pró-aborto e de pró-gayzismo. E já fui questionado quanto a isto.

Não sou pró-aborto, mas, também, não sou a favor desse estado de coisas, onde a mulher é usada e abusada, onde a orientação sexual não chega aos pobres, onde o Estado se omite e faz vistas grossas ao estado de violência a qual o jovem e, principalmente, a moça está submetida, pela alienação das drogas e dos bailes funks, que sustentam o machismo que faz da mulher o mais abjeto objeto. E não sou contra a mulher vítima de estupro, e cuja gravidez lhe seja fatal, ser assistida na interrupção de sua gravidez.

Não sou pró-gayzismo, seja lá o que isso signifique, mas sou a favor dos direitos civis. Sou contra a tentativa do movimento gay de reescrever a Bíblia, mas, também, sou contra privar os homossexuais do usufruto do património de construção conjunta. Sou contra o impedimento de ajudar a um homossexual que o queira deixar de ser, como sou contra a hostilização de um ser humano porque ele ter se declarado homossexual.

A palavra esquerdista não faz mais sentido, nos dias correntes. Eu sou progressista! Sou a favor da reforma agrária, do acesso universal à educação, à moradia, à saúde, ao transporte urbano, à alimentação adequada. Sou a favor da distribuição de renda, da erradicação da pobreza, da sustentação do meioambiente e da democracia.

Sabe de uma coisa? Eu não sei quanto a você, mas eu estou farto dessa gente que se acha dona da verdade, e que, em nome do que acham ser a verdade, vivem a matar pessoas.

Farto dessa gente que se apossou de Deus, como se Deus fosse um objeto que se possa ter e manipular.

Essa gente que não considera como semelhante quem não concorda com eles!

Recentemente, também, uma série de e-mails anônimos foram disparados me caluniando, tentando me vender como um pecador dissimulado, para dizer o mínimo.

Estou farto desses covardes, sem caráter que, por detrás do anonimato, vivem a tentar destruir a vida dos outros.

Estou farto dos que dão ouvidos a eles, fazendo valer a calúnia e a difamação.

Estou farto dessa gente que anima suas rodas de amigos falando mal dos outros, zombando da desgraça alheia.

Farto dessa gente que vê fantasma em todo o lugar, que está sempre procurando alguém para atacar e para destruir.

Estou farto dessa gente que não sabe o que é debate intelectual, que toma tudo como pessoal, porque se vê como a medida para a verdade.

Farto dessa gente que em vez de pregar o Evangelho, fica checando se os outros o estão.

Checando se o outro crê “certo”.

Estou tão farto disto, tanto quanto, dos que estão invocando Deus para obter dinheiro para os seus negócios, travestidos de ministérios,de igreja ou de denominação.

Dos que lutam pelo poder denominacional, transformando o Odre em algo mais importante do que o Vinho.

Também, me fartei dessa gente que quer destruir tudo, confundindo a igreja local com a deturpação da denominação, confundindo o povo com os seus maus líderes e que se tornam líderes tão maus quanto os que condenaram, e que saem pelo mundo atacando os pastores e as estruturas com a mesma fúria dos que as estão usando para benefício
próprio.

Estou farto desses apóstolos que venderam que tinham de ser apóstolos para derrubar as potestades nas cidades, as mesmas que foram destronadas na Cruz de Cristo!

Estou farto dos que não usam o título de apóstolos, mas agem do mesmo jeito!

Estou farto dos liberais, que rasgam a Bíblia e saem a zombar de quem crê.

Estou farto desses ecuménicos que dizem celebrar a fé, de modo indistinto, mas não conseguem estender a mão para o irmão pentecostal.

Mas jamais me fartarei da Igreja:

A Igreja é a comunidade da fé! É a nossa casa!

A Igreja é lugar de perdão e de reconciliação.

O que é oferecido a todos nós, inclusive para os que agem como se não o precisassem, é a oportunidade de se arrepender.

A fé cristã não prega a impecabilidade, prega o arrependimento!

A fé cristã prega que o amor é demonstrado no perdão e no serviço!

A gente deve continuar a lutar pela Igreja!

Continuar a lutar pelo resgate da humanidade, e de toda a criação de Deus.

Nosso problema não está no termos pastores ou presbíteros, mas em sermos todos apascentadores.

Nosso problema não está em darmos dízimos e ofertas, mas em como ofertamos, e como usamos as nossas ofertas e dízimos.

A Igreja somos nós, e o único Ungido é Cristo Jesus.

Todo poder: seja religioso ou econômico ou de qualquer natureza, tem de ser controlado pela totalidade do povo.

Se você está farto como eu, não saia da Igreja, Igreja é invenção de Jesus.

"Jesus disse que onde 2 ou 3 estiverem reunidos em seu nome, ele lá estaria." Mt 18.20

Jesus seria a 4ª pessoa naquela reunião.

Jesus seria a visita especial.

Ali Ele segredaria o que não pode dizer pessoalmente. Paulo disse que só com os demais irmãos é possível conhecer o amor de Cristo, em toda a sua dimensão. Ef 3.18

Alguns têm entendido que essa reunião é o fim de toda a formalização, a comprovação de que nunca precisamos de formalização alguma.

Mas, o que é reunir-se em torno de Jesus?

Jesus instituiu como reunião em torno dele a reunião em torno da ceia do Senhor.

Jesus disse que toda a vez que comêssemos do pão e bebêssemos do vinho, o anunciaríamos, até que ele volte. 1 Co 11.26

É em torno da ceia do Senhor que nos reunimos em nome do Senhor.

Isso é formalização: tem hora, tem maneira e tem lugar. E é seríssima, pois Paulo disse que, dependendo da forma como participamos da ceia, podemos sofrer consequências, inclusive morrer mais cedo. Logo, também tem liturgia. 1 Co 11.27-30

Então, reunir-se em nome de Jesus é reunir-se em torno da ceia.

Lá anunciamos o perdão com o que somos perdoados e com que perdoamos.

Lá anunciamos a ressurreição, o poder pelo qual vivemos.

Lá o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre.

Lá é a reunião da Igreja!

Todas as reuniões só serão da igreja se o forem em torno da mesa, mesmo que a mesa não seja arrumada para aquele dia.

A mesa da ceia é a mesa da comunhão. Lá nasceu a Igreja e lá ela é mantida.

Extraído do blog do Pr Ariovaldo Ramos

As duas pessoas que poderiam condenar a mulher em adultério



João 8:3-11
"Os escribas e fariseus trouxeram à sua presença uma mulher surpreendida em adultério e, fazendo-a ficar de pé no meio de todos, disseram a Jesus: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes? Isto diziam eles tentando-o, para terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia na terra com o dedo. Como insistissem na pergunta, Jesus se levantou e lhes disse: Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra. E, tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava. Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais."

Os fariseus não estavam preocupados em diminuir os casos de adultério em Israel. Queriam "pegar" Jesus. E, para isso, não tiveram escrúpulo em usar um ser humano, expondo ao público, o que deveria ser tratado, primeiro, em privado.
Observavam Jesus, já há algum tempo, sabiam que ele não ordenaria uma execução.
Esperavam que ele, simplesmente, se negasse a cumprir a lei e, pronto, teriam como acusá-lo de descaso e de desrespeito à lei.
Bom é que se diga que a lei não funcionava assim. E estava faltando o parceiro.
Jesus os surpreendeu!
É como se Jesus tivesse dito: Ok! Quem não tiver pecado digno de morte, que mate a moça.
Sim, porque não seriam constrangidos senão por pecados tão graves quanto o pecado da moça.

Quantas pessoas poderiam condenar essa mulher?
Apenas duas pessoas poderiam condenar essa mulher:
Nenhum dos que pediam a sua condenação estava em condição de condená- la: estavam carregados de seus próprios pecados; foram saindo à medida em que iam sendo levados à consciência de sua carga pessoal.
Uma das pessoas que podiam condená-la era Jesus de Nazaré, ele não tinha carga alguma.
Ele não a condenou. Disse-lhe não a condenava, embora o pudesse, e que fosse embora e não pecasse mais.
A outra pessoa que a podia condenar era ela mesma.
Como?
Não se perdoando.
Disso, inclusive, dependeria o fato de se ela venceria o pecado que a assediava.
Porque se ela não se perdoasse voltaria ao erro só para deixar claro que estava certa sobre si mesma, que não deveria ser perdoada.
Isso não é verbalizado, mas a falta de perdão pessoal cobra o preço da não libertação.
Quem não se perdoa?
Quem acha que não merece ser perdoado.
Qual o equívoco?
Não entender que só merece ser perdoado quem não precisa de perdão. Quando é dito que alguém merece ser perdoado, o que, de fato, está sendo dito, é que ele tinha atenuantes ou razões, isto é, que seu pedido de desculpas deve ser aceito.
Perdão é diferente de aceitar desculpas. Perdão é para quem não tem desculpas, razão ou motivo para apresentar.
Perdão é oferta de Deus, que a gente recebe e distribui, a começar de nós mesmos.

Jesus não a condenou à pena capital, porque, para Jesus, ela havia adulterado, mas não era adúltera.
Classificá-lá como adúltera era dizer que a natureza dela havia sido subtraída, e que não havia mais saída. Aí a pena capital era natural, porque se a natureza não pode mais ser vencida pelo amor de Deus, não há porque manter tais pessoas assim.
Mas Cristo não vê assim!
Quando o Cristo disse à mulher para ir e não pecar mais, estava declarando que ela havia errado, mas que isso não fazia dela um erro.
O Cristo via nela um ser humano que ninguém mais via, talvez nem ela mesma.
O Cristo oferecia-lhe perdão e oportunidade.

A força do Cristo é dispensada aos que aceitam o seu perdão.
Quem é perdoado deve, também, se perdoar para que essa força possa ajudá-lo.
Se a gente não se perdoa, volta, ainda que num caminho inconsciente, à prática do erro, como a dizer que Deus está errado quando nos perdoa, que é o nosso erro e não o amor dele que fala de quem nós somos.
Isso é tentar colocar-se fora da possibilidade do amor de Deus.
E a gente se perdoa num gesto de concordância com Deus.
É algo como: Deus me perdoou no Cristo, logo, esse erro não me define, eu sou o que Deus vê em mim, e é para esse ser humano em Cristo que eu vou.
Deus vê em nós mais do que os nossos erros.
E Deus está sempre certo. Todo ser humano, pela graça, pode começar de novo.
A gente, independente de quantas vezes erra, deve sempre buscar o perdão e retomar a caminhada proposta pelo Cristo.
A gente nunca deve desistir de encontrar o ser humano que Deus vê em nós.

Fui vasculhar o lixo da caçamba de Praia Grande onde abandonaram a criança. Você não imagina o que eu encontrei por lá!


Caro leitor, sempre recebemos, chocados, uma notícia de abandono de menor, principalmente quando acontece, como neste caso, quando a criança é colocada numa caçamba de lixo.

abandono criança caçamba

Já ouvimos muito sobre como a mãe da criança poderia estar sob uma “temporária” depressão, e de como o suposto pai ficou “aterrorizado” com a atitude de abandono da mãe. Mas ninguém falou sobre o lixo da caçamba!


Vasculhando o lixo da caçamba encontrei algumas razões que fizeram com que aquela pobre criança aparecesse sobre ele. No lixo havia um caso de infidelidade conjugal de um homem casado e pai de quatro filhos. Também encontrei vestígios de uma mulher com sérios problemas familiares, emocionais e sociais os quais já haviam sido detectados anteriormente, pois ela, aos 39 anos já era mãe de seis filhos, sendo três maiores e três menores de idade. Já estava sendo investigada por “destituição de pátrio poder” e colocação de criança em lar substituto. Em outras palavras, já havia abandonado outros filhos em casas estranhas. Encontrei neste lixo restos de uma saúde pública precária, de políticos descompromissados com a sociedade, de um governo tirano que sustenta seu poder na política do “pão e circo”. Olha! Encontrei tanto lixo que não daria para escrever numa única matéria.

Mas vocês não vão acreditar! Quando cheguei no fundo da caçamba encontrei outra pessoa abandonada, e esse abandono foi muito maior e pior do que o da criança que estava na superfície. Sabe quem encontrei abandonado lá? Deus.

Quando abandonamos Deus de nossas vidas perdemos o sentido de nossa verdadeira existência. Quando abandonamos Deus de nossas vidas perdemos a noção do que é amar e de como somos amados. Quando abandonamos Deus de nossas vidas somente encontramos em nosso caminho lixos e toda a imundície de egoísmo, vaidade, ódio, desespero, inveja, mentira, traição e toda podridão que o pecado na vida humana pode produzir. Entretanto, diante de tanta porcaria, o Deus abandonado no fundo do lixo fez brotar na superfície a esperança de uma nova vida. Ainda que abandonada pelo lixo humano, não será jamais abandonada pelo amor de um Deus disposto a limpar todo o lixo da caçamba!

O Deus da esperança e do renovo. Uma reflexão sobre o vale de ossos secos.


vale ossos secos Antes de você ler esta mensagem, se puder leia o texto bíblico do profeta Ezequiel, capítulo 37, versos de 1 a 14.

O texto do vale dos ossos secos no livro do profeta Ezequiel, muito conhecido pela maioria de nós, narra as conseqüências de um povo sofrido, entristecido pela realidade dura e cruel da escravidão. Um povo que tinha todas as promessas para ser feliz, próspero, cheio de vida e alegria, mas que abriu mão de tudo isso, voltando suas costas para a soberania de Deus em virtude de buscarem a sua própria soberania.

Um texto muito antigo, mas também muito atual.

A visão do vale

Ezequiel refletiu um momento da história de um povo duramente impactado pela realidade de uma vida castigada pelo medo, pela incerteza, e pela impossibilidade de, por si mesmos, mudar a sua história. Um vale de ossos secos!

Mas esse mesmo texto mostrou que aquele povo não estava sozinho. Deus estava com eles. O problema foi que, na vontade de fazer as coisas do jeito deles se esqueceram de permanecerem na presença e na vontade de Deus.

O desafio ao profeta

Quem pode mudar uma situação tão cruel em algo completamente novo, cheio de esperança, vida e vontade de viver, de ser feliz? Essa foi a pergunta de Deus para Ezequiel: “Homem mortal, será que esses ossos podem ter vida de novo?” (v.3). O profeta poderia dar várias respostas para Deus. Hoje ele poderia dizer com base em algumas coisas que vemos por aí: “Sim, podem, porque eu determinarei que eles tenham vida?”, ou talvez dissesse: “Eu ordeno em nome de Jesus que eles tenham vida!”. Mas, não. Ezequiel sabia que não podia determinar nem muito menos ordenar nada. Ele era um pobre homem mortal.

A resposta de Ezequiel é a formula que muitas vezes esquecemos por querer fazer as coisas do nosso jeito, mas que abre as portas para que um milagre aconteça em nossas vidas: “Senhor, meu Deus, só tu sabes se podem ou não”. Somente a vontade de Deus é que deve prevalecer. Crer na sua soberania. Entender que Ele é quem tem os melhores planos para a vida de cada um de nós.

A primeira ação do milagre: dar atenção à Palavra de Deus.

“Ele disse: - Profetize para esses ossos. Diga a esses ossos secos que dêem atenção à mensagem do Senhor” (v.4). A Palavra de Deus é a fonte de todo e qualquer milagre para o ser humano.

Nesse entendimento o salmista escreveu: Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos” (Sl 119.105). A Palavra de Deus é que nos orienta sobre como devemos agir nas adversidades da vida. Ela é a verdade sobre todas as coisas. E o evangelho de João nos diz que “conhecendo a verdade, ela vos libertará” (Jo 8.32).

A palavra fez com que os ossos, tendões, carne e pele novamente se formassem e fortalecessem àqueles ossos secos e sem vida. O milagre foi possível por causa da Palavra.

Se desejamos que milagres aconteçam em nossa vida, a primeira coisa pela qual devemos nos atentar é dar atenção à Palavra de Deus. E mais uma vez, João nos ensina qual é a Palavra de Deus: Cristo Jesus.

A segunda ação do milagre: estar sensível ao Espírito Santo.

“Então Ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize-lhe: Assim diz o Senhor Deus: vem dos quatro ventos ó espírito e assopra sobre estes mortos para que vivam” (v.9).

Se a primeira ação do milagre é a Palavra, a segunda ação do milagre procede do agir do espírito de Deus. Estar sensível a presença do Espírito Santo. Pois ele é a presença viva de Deus em nós. É o Espírito Santo que nos convence do pecado e da necessidade de nos arrependermos dele.

Muitas vezes se dá atenção a Palavra, mas não permitimos ouvir a voz do Espírito. Lemos, mas não compreendemos. Todavia, precisamos entender que sem o auxilio do Espírito Santo, a palavra por si só não passa de um apanhado de letras.

Pela Palavra e ação do Espírito é que nos colocamos novamente em pé. Fortalecidos e prontos para servir a Deus.

Conclusão

Servido a Deus atento a sua Palavra e sensível a ação do Espírito Santo, temos a certeza que enxergaremos muito mais gente em pé. O texto no v.10 diz que havia tanta gente renovada, fortalecida e cheia de vida que dava para formar um exército.

Você está vivendo uma vida parecida com o vale de ossos secos do profeta Ezequiel? Saiba que somente Deus pode renovar a esperança em seu coração, família, trabalho, etc.

Dizem que a igreja está como esses ossos secos, sem esperança e sem futuro. Não acredito, pois o Senhor manda profetizar para o seu povo que Ele é o Senhor Deus, ele revigorará e fortalecerá a sua igreja e não caberá a quantidade de pessoas que se virá nela.

E ele fará isso para que todos saibam que ele é o Senhor.

Brasileiros acreditam em Deus, será?

Brasileiros acreditam em Deus. Será?


féPor que um país que possui 84% de pessoas crentes em Deus, convive com problemas como miséria, corrupção, prostituição, pedofilia, preconceitos, e muitos outros problemas de ordem social?
Explico! Porém, antes, olha esta pesquisa produzida pela Ipsos para a agência de notícias Reuters, divulgada site da Uol Notícias:
“O Brasil foi o terceiro país em que mais se acredita em "Deus ou em um ser supremo" em uma pesquisa conduzida em 23 países…
O país onde mais se acredita na existência de Deus ou de um ser supremo é a Indonésia, com 93% dos entrevistados. A Turquia vem em segundo, com 91% dos entrevistados e o Brasil é o terceiro, com 84% dos pesquisados.
Entre todos os pesquisados, 51% também acreditam em algum tipo de vida após a morte, enquanto que apenas 23% acreditam que as pessoas param de existir depois da morte e 26% "simplesmente não sabem"…
…Entre os que acreditam que a pessoa vai para o paraíso ou para o inferno depois da morte, o Brasil está em quinto lugar, com 28%. Em primeiro, está a Indonésia, com 62%, seguida pela África do Sul, 52%, Turquia, 52% e Estados Unidos, 41%...”
Voltei.

“Acreditar” em Deus, para nós brasileiros ou para qualquer pessoa neste mundo, parece não estar resolvendo muita coisa no dia-a-dia das pessoas. Não resolve mesmo! Sabe por quê? Porque esta é uma fé inoperante!

As Escrituras revelam que Deus não quer que as pessoas apenas “acreditem” que ele exista, mas deseja que as pessoas firmem uma aliança de compromisso com a sua vontade.

Já dizia o apóstolo Tiago que a fé, se não tiver obras, por si só é morta (Tg 2.17). A fé em Deus precisa gerar bons frutos no meio da sociedade. A genuína fé em Deus é demonstrada através do compromisso com o próximo, pois, segundo o próprio Jesus, “aquele que fizer a um destes pequeninos, a mim o fizeste” (Mt 25.40).

Uma pessoa que acredita genuinamente em Deus, caminha em direção a Ele e se deixa transformar por Ele. Uma sociedade genuinamente composta por pessoas transformadas por Deus se torna uma sociedade que faz a vontade deste Deus. Uma sociedade que faz a vontade de Deus não convive com miséria, corrupção, pedofilia, prostituição, exploração, preconceitos e todas as demais enfermidades existentes em nossa esfera social.

Penso que o Brasil precisa deixar de “simplesmente acreditar” em Deus. Se faz necessário conhece-lo melhor, arregaçar as mangas e assumir uma vida de compromisso com Ele na direção do próximo e na construção de um país mais justo, solidário e fraterno.

Extraído